Professor supera adversidades e se torna exemplo de dedicação e inclusão na educação
11
Mar
Professor supera adversidades e se torna exemplo de dedicação e inclusão na educação
A trajetória do professor Osvaldo Fernando Moreira, de 37 anos, é uma lição de superação que inspira alunos e colegas da Escola Municipal Jovelina Morateli, no bairro Mãe Preta, em Rio Claro. Pessoa com deficiência visual e cadeirante, Fernando desafiou suas limitações físicas para alcançar o sonho de ser professor e transformar a vida de seus alunos.
Fernando nasceu sem problemas de saúde, mas aos 13 anos enfrentou uma doença que lhe tirou a visão e parte dos movimentos das pernas. Apesar do impacto, ele encontrou forças para seguir em frente. Aprendeu braile e métodos de comunicação adaptados, concluindo a graduação em Pedagogia pelo Claretiano Faculdade de Rio Claro, entre 2012 e 2015.
Em 2017, após ser aprovado em concurso público, Fernando assumiu como professor efetivo na rede municipal, ministrando aulas para o quinto ano do ensino fundamental. Ele relata que o início foi desafiador. “Nos primeiros 10 a 15 dias, o período de adaptação foi intenso, principalmente por ser um professor cego, o que exigiu que eu desenvolvesse ainda mais a capacidade de usar os outros sentidos para compreender o que acontecia na sala de aula. Aprendi a ouvir os tons de voz dos alunos, captar movimentos ao meu redor e criar estratégias para manter a atenção e o envolvimento deles. Apesar das dificuldades, cada superação me fortaleceu, e, com o tempo, percebi que as barreiras eram menores do que as possibilidades”, detalha.
Hoje, Fernando conduz as aulas com segurança, utilizando estratégias que envolvem e cativam os estudantes. Ele também vê seu trabalho como uma experiência gratificante e desafiadora ao mesmo tempo, pois cada dia é uma nova oportunidade para ensinar e aprender com os alunos e mostrar a eles que a inclusão é possível e necessária.
“Os alunos, especialmente, demonstram uma curiosidade saudável sobre como faço meu trabalho e sobre como é minha vida fora da sala de aula, e assim acabam aprendendo muito sobre empatia e superação. Já os colegas professores e a equipe gestora, apesar de no início mostrarem alguma dúvida sobre como seria minha atuação, hoje são extremamente acolhedores e parceiros. Isso mostra que, com diálogo e disposição, podemos quebrar preconceitos e construir um ambiente colaborativo.”
Além de lecionar, Fernando concluiu uma especialização em Bullying pela UNIFESP e planeja ingressar em um mestrado. A recepção da equipe escolar tem sido calorosa, reforçando a importância do diálogo e da colaboração na quebra de preconceitos. Fernando também deixa um recado aos colegas de profissão: “Nunca subestimem o poder da educação na transformação de vidas, inclusive a nossa. Enfrentamos muitos desafios, mas somos peças fundamentais para construir uma sociedade mais justa e inclusiva. Não se esqueçam de que ensinar é mais do que transmitir conteúdos; é inspirar, acolher e acreditar no potencial de cada aluno. Continuem firmes, porque nosso trabalho vale a pena!”
Fernando nasceu sem problemas de saúde, mas aos 13 anos enfrentou uma doença que lhe tirou a visão e parte dos movimentos das pernas. Apesar do impacto, ele encontrou forças para seguir em frente. Aprendeu braile e métodos de comunicação adaptados, concluindo a graduação em Pedagogia pelo Claretiano Faculdade de Rio Claro, entre 2012 e 2015.
Em 2017, após ser aprovado em concurso público, Fernando assumiu como professor efetivo na rede municipal, ministrando aulas para o quinto ano do ensino fundamental. Ele relata que o início foi desafiador. “Nos primeiros 10 a 15 dias, o período de adaptação foi intenso, principalmente por ser um professor cego, o que exigiu que eu desenvolvesse ainda mais a capacidade de usar os outros sentidos para compreender o que acontecia na sala de aula. Aprendi a ouvir os tons de voz dos alunos, captar movimentos ao meu redor e criar estratégias para manter a atenção e o envolvimento deles. Apesar das dificuldades, cada superação me fortaleceu, e, com o tempo, percebi que as barreiras eram menores do que as possibilidades”, detalha.
Hoje, Fernando conduz as aulas com segurança, utilizando estratégias que envolvem e cativam os estudantes. Ele também vê seu trabalho como uma experiência gratificante e desafiadora ao mesmo tempo, pois cada dia é uma nova oportunidade para ensinar e aprender com os alunos e mostrar a eles que a inclusão é possível e necessária.
“Os alunos, especialmente, demonstram uma curiosidade saudável sobre como faço meu trabalho e sobre como é minha vida fora da sala de aula, e assim acabam aprendendo muito sobre empatia e superação. Já os colegas professores e a equipe gestora, apesar de no início mostrarem alguma dúvida sobre como seria minha atuação, hoje são extremamente acolhedores e parceiros. Isso mostra que, com diálogo e disposição, podemos quebrar preconceitos e construir um ambiente colaborativo.”
Além de lecionar, Fernando concluiu uma especialização em Bullying pela UNIFESP e planeja ingressar em um mestrado. A recepção da equipe escolar tem sido calorosa, reforçando a importância do diálogo e da colaboração na quebra de preconceitos. Fernando também deixa um recado aos colegas de profissão: “Nunca subestimem o poder da educação na transformação de vidas, inclusive a nossa. Enfrentamos muitos desafios, mas somos peças fundamentais para construir uma sociedade mais justa e inclusiva. Não se esqueçam de que ensinar é mais do que transmitir conteúdos; é inspirar, acolher e acreditar no potencial de cada aluno. Continuem firmes, porque nosso trabalho vale a pena!”
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